segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
PLANETÁRIO PÚBLICO DA UEM: ALGUNS POUCOS HOMENS BONS...
Quero agradecer à pequena equipe de funcionários da UEM que recusou-se a simplesmente dobrar a lona arrancada por vândalos e guardá-la dentro do Planetário. Dedicaram-se à árdua tarefa de recolocar a pesada lona (de alta densidade) externa. Meu muito obrigado à esta equipe de homens que, a despeito das condições atuais do Planetário "Circus Stellarium", resolveu investir numa ideia, num projeto negligenciado por aqueles que deveriam fomentar ações de educação, cultura e ciência. (na foto, a lona azul, mais externa, recolocada na tarde de hoje, 15/02/2016).
A SITUAÇÃO DO PLANETÁRIO "CIRCUS STELLARIUM" DA UEM
Há três anos encontra-se fechado o planetário "Circus Stellarium" da UEM, projeto financiado pelo CNPq e coordenado por mim desde 2005. Por quase dez anos o planetário recebeu cerca de dez mil estudantes, entre alunos e professores da rede municipal e estadual e do ensino superior, além do público em geral e de uma turma da corporação dos Bombeiros que realizou um curso de orientação espacial por meio de referenciais astronômicos noturnos. Os recursos do Projeto original permitiram a compra de um projetor cilindrico e da construção de uma estrutura fixa em forma de circo (daí seu nome). Por longos 10 anos, e passando por três diferentes reitorias, trabalhei incansavelmente para que fosse construído um prédio definitivo que abrigasse com segurança os aparelhos (o projetor em si e o sistema de projeção auxiliar e de áudio). Trabalhando em conjunto com a Prefeitura do campus da UEM, foi realizado um projeto arquitetônico jamais executado.
Dia 11 deste mês num ato de vandalismo, a lona mais externa da cúpula foi arrancada (não foi fenômeno meteorológico – vendaval – porque não havia um galho de árvore derrubado), iniciando a trágica derrocada de uma grande ideia que não mereceu da Universidade Estadual de Maringá a mínima preocupação e honradez. Pior: num outro edital do CNPq consegui adquirir um novo projetor de valor superior a cem mil reais. No entanto, sem condições de abrigá-lo, encontra-se até hoje encaixotado, enferrujando um patrimônio que deveria ser da UEM, da cidade de Maringá e região, do povo. A reitoria atual da UEM sabe os pormenores dessa história toda e onde encontra-se custodiado o caríssimo equipamento. Entretanto, prefere adotar a política do nada fazer pois aposta no esquecimento da população.
Tristes trópicos! Mais um patrimônio público negligenciado pelas suas autoridades ...
(nos próximos posts editarei os momentos áureos do Planetário e o projeto arquitetônico que a UEM negligencia há mais de uma década...).
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